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Foto: André Costa / Divulgação.

Estácio de Sá começa preparação para o Concurso de Samba-Enredo 2020

por Sintonia
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Na divulgação da sinopse do Enredo “Pedra”, que aconteceu no último dia 31 de julho, foram divulgadas as datas das reuniões para tirar as dúvidas dos compositores dos sambas concorrentes.

Foto Capa: André Costa / Revista Carnaval.

A reunião para entrega da sinopse do Enredo 2020 da Escola de Samba Estácio de Sá, aconteceu no Club Municipal no bairro da Tijuca, e contou com a divulgação do calendário de encontros dos compositores e a Carnavalesca Rosa Magalhães. Serão três reuniões na Quadra da Agremiação.

Os encontros acontecerão nos dias 15, 22 e 29 de agosto entre às 18h e 20h, na Quadra da Escola na Avenida Salvador de Sá, 206, no Rio. O objetivo dos encontros é tirar as dúvidas sobre o tema do Enredo, e ainda, receber as inscrições para o Concurso de Samba-Enredo 2020 da Escola. A entrega das obras está marcada para o dia 5 de setembro, entre 17h e 21h. Cada parceria deverá contar com cinco compositores, além de uma participação especial, e disponibilizar 05(cinco) CDs, 30 (trinta) letras do samba impressas. A taxa de inscrição será de R$70,00 (setenta reais) por pessoa do grupo. As eliminatórias começarão no dia 6 de setembro.

Campeã do Grupo de Acesso em 2019, a Grêmio Recreativo Escola de Samba Estácio de Sá retorna ao Grupo de Elite do Carnaval carioca e com a Carnavalesca Rosa Magalhães descreverá na Sapucaí o Enredo “Pedra” da Escola de Samba Estácio de Sá. Ela irá retratar por metáforas, paisagens e personagens a beleza por trás da dureza e resistência da Pedra.

Sinopse do Enredo:

Pedra

A pedra, para o ser humano, representa a permanência do tempo. A camada externa e dura da Terra, a rocha.

A beleza sólida desse material é a essência de nosso planeta. E foi essa beleza sólida que nossos ancestrais usaram como caminho para registrar suas passagens pelo mundo.

Descobriu-se a beleza dos diamantes, de tantas pedras preciosas ou semipreciosas e do ouro. Foi esta uma das primeiras atividades de exploração dos homens no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais, no século XVIII. A partir de 1771, criou-se a Real Extração, sob o controle da Coroa portuguesa, decreto que durou até mesmo depois da Proclamação da Independência. Foram as primeiras pedras que trilhamos no nosso caminho.

E vamos seguir pela estrada de Minas, pedregosa…

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu e cresceu em Itabira, em Minas. Da janela de seu quarto, costumava observar o perfil montanhoso cujo destaque era o pico do Cauê.

‘’Chego à sacada e vejo minha serra, a serra de meu pai e meu avô, a serra que não passa … Essa manhã acordo e não a encontro britada em bilhões de lascas…”

Fora-se a Pedra, engolida pelo enorme trem, fora-se a pedra do poeta.

Outro escritor mineiro, Guimarães Rosa, enfocou “a biodiversidade do cerrado e o relevo constituído pelo calcário, rocha maleável e moldável pela ação das águas. O Morro da Garça só emite recados porque é uma pirâmide no meio de Minas e de uma história imemorial do garimpo, da pecuária, dos boiadeiros viajantes e da surda vidência sertaneja.”

Outra pedra que faz parte do nosso caminho é a Serra dos Carajás. Recebeu o nome de seus antigos moradores – os índios Carajás. Segundo suas crenças, eles nasciam do interior do solo – solo rico e pedregoso, repleto de grutas.  Quando nasciam, saíam desse mundo subterrâneo para ir habitar a superfície.

A região é uma pedra enorme toda feita de ferro, e em seu entorno nascem pequenas cidades. Segundo uma artesã do Centro Mulheres de Barro, na cidade de Parauapebas, surgiram muitos conflitos por aquele rico pedaço de chão.

A própria cidade é um amálgama de pessoas vindas de todos os cantos do Brasil. Vêm do norte e do nordeste, do sul e do sudeste, vêm do centro e vêm do leste. Todas sonhando em  extrair daquela terra as muitas riquezas que ela guarda. E acabam também formando uma amostra da variedade do povo brasileiro.

A rocha mais antiga que conhecemos uma lasca com pouco mais de dois centímetros, foi coletada na Lua pelos astronautas da nave Apollo. Tem quatro bilhões de anos.

A nossa Terra, vista da Lua, ainda é linda, azulzinha… Até quando?

Rosa Magalhães

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