Foto Capa: Dayse Pacifico


Foto Capa: Dayse Pacifico
Foto Capa: Josy Dinorah
A Dom Bosco encerra o Carnaval SP com um grande espetáculo em pleno Anhembi. Com o desenvolvimento do enredo “O Circo Místico das Ilusões” feita carnavalesco Fábio Gouveia, que estreia na agremiação. O desfile transportou o público presente para um universo repleto de magia e fascínio.
Durante o desfile, as alegorias e as alas exploraram o mundo das caravanas circenses, conhecido por seu apelo à ilusão e ao encantamento, conduzindo os espectadores a uma jornada de mistério e transformação. O bom canto e o entrosamento da comunidade destacou elementos lúdicos, fundindo o espetáculo com a mística e a alegria do Carnaval.
Entenda o Enredo
As caravanas circenses chegaram ao Brasil no século XIX, levando espetáculos como acrobacias e ilusionismo, e encantaram cidades como São Paulo. Dom Bosco, patrono dos ilusionistas, utilizava truques para ensinar valores educativos. Fundador da Congregação Salesiana, ele usava o ilusionismo para cativar jovens. A Escola de Samba Dom Bosco de Itaquera, criada em 1981, segue essa tradição cultural, promovendo o samba e a educação, com destaque para o Carnaval paulista, onde se apresenta com enredos que exaltam a cultura popular.
A Dom Bosco de Itaquera vem fazendo desfiles de boa qualidade e no Carnaval de 2024, alcançou o 3º lugar no Grupo de Acesso 1. E em 2025, mostrou uma boa evolução. Reafirmando o potencial da escola no cenário do carnaval paulistano, a escola do Padre Rosalvino está na briga pelo título. São Paulo vai conhecer as escolas campeãs na terça-feira (4) após às 16h.
Foto Capa: Marco Mercadante
Com o título “Clareou! Um novo dia sempre vai raiar”, a X9 Paulistana celebrou o poder do recomeço, abordando as dificuldades da vida e a importância de se levantar após cada queda. A escolha do tema reflete a intenção da escola de inspirar a todos a enfrentar seus desafios com coragem, confiantes de que, por mais difíceis que sejam as situações, sempre haverá um novo amanhecer.
Outro ponto de destaque do enredo da X9 Paulistana é a homenagem aos povos Baniwa, originários da região amazônica. Sua filosofia de viver em harmonia com a natureza e com a comunidade é central para a narrativa da escola, que defende a importância do bem-estar coletivo e da solidariedade. Ao trazer essa temática para o samba, a X9 não só conecta o presente com a sabedoria ancestral, mas também faz um apelo para a preservação de valores essenciais para uma sociedade mais justa e equilibrada.
Entenda o Enredo
A X9 Paulistana homenageia a trajetória do samba como símbolo cultural e de resistência do povo brasileiro. A escola destaca suas raízes afro-brasileiras, sua luta e superação ao longo do tempo. O enredo foi concebido pelo presidente da escola, mestre de bateria Adamastor, o carnavalesco Amauri Santos e o enredista Leonardo Dahi. A inspiração para o samba veio da música “Clareou”, de Serginho Meriti e Rodrigo Leite, gravada por Diogo Nogueira. O samba-enredo foi composto por Diogo Nogueira, Arlindinho Cruz, Inácio Rios, Igor Leal e André Diniz.
Para a agremiação, o Carnaval de 2025 é também uma grande oportunidade de resgatar o seu lugar rumo à elite do carnaval paulistano. A escola, que já brilhou no Grupo Especial, sabe da importância deste momento para sua história.
Foto Capa: Josy Dinorah
No último dia de desfiles do Carnaval de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde brilhou na passarela do Anhembi com o enredo “Um quê de poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”, transportando o público para um universo lúdico e cheio de história.
A Águia da Zona Leste levou para o sambódromo uma viagem no tempo, resgatando influências culturais que moldaram a arte e o folclore brasileiros. O desfile fez referências à Idade Média, destacando os trovadores, poetas e artistas itinerantes que encantavam a população com suas narrativas e canções.
A Nenê mostrou como essa herança da cultura africana chegou ao Brasil e se misturou com os europeus e indígenas para dar origem ao que conhecemos como identidade cultural brasileira. Inspirado no Movimento Armorial de Ariano Suassuna, o desfile exaltou a riqueza e a autenticidade da arte popular nordestina, valorizando a fusão entre o erudito e o popular.
Entenda o Enredo
As culturas europeia, indígena e africana moldaram a identidade brasileira. Os portugueses influenciaram com língua, religião e instituições. Os indígenas contribuíram com conhecimentos agrícolas e a língua tupi. Já os africanos, trazidos como escravizados, deixaram sua marca na música, culinária, religiões e danças, criando uma rica diversidade cultural no país.
O carnavalesco Danilo Dantas, estreante na agremiação, apostou em cores vibrantes, esculturas grandiosas e uma narrativa que envolveu o público, ressaltando a magia do imaginário popular e o poder da poesia no cotidiano do povo brasileiro.
Com esse enredo repleto de simbolismo e tradição, a Nenê de Vila Matilde mostrou sua força e sua identidade histórica no Carnaval paulistano. O sonho de voltar ao Grupo Especial está vivo e a escola segue firme no seu compromisso de honrar sua história e emocionar multidões, mantendo acesa a chama do samba e da cultura popular.
Foto Capa: Carlos Henrique
Com um desfile forte e com muito apelo cultural, a Tom Maior foi a sexta escola a se apresentar na noite de desfiles do Grupo de Acesso I do Carnaval SP 2025. A escola reeditou seu enredo de 2009, abordando o processo de independência de Angola e a sua busca por paz e liberdade.
Durante o desfile, a agremiação resgatou importantes figuras históricas, como a Rainha Nzinga, e destaca a influência de Martinho da Vila, que se tornou um embaixador da cultura angolana no Brasil.
A Tom Maior também ressaltou a conexão cultural entre Angola e Brasil, traçando um paralelo entre as lutas e conquistas do povo angolano e a luta histórica pela liberdade do povo preto no Brasil. As alegorias e fantasias desfilaram o legado de uma Angola que, com a ajuda de sua diáspora e da união entre culturas, sempre está aberta para o mundo.
Entenda o Enredo
Em 2009, a Tom Maior desfilou com o enredo “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!”, destacando a reconstrução de Angola após a guerra civil e homenageando Martinho da Vila. O desfile mostrou a conexão cultural entre Brasil e Angola, com 3.800 componentes e carros alegóricos que representaram a história, a música e a religiosidade do país africano.
A independência de Angola foi conquistada em 11 de novembro de 1975, após uma longa luta contra o colonialismo português. O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) venceu a guerra de independência, com apoio da União Soviética e Cuba. O país se tornou uma nação soberana após mais de 400 anos de domínio português. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, em novembro de 1975.
O desfile da Tom Maior não é apenas uma viagem pela história de Angola, mas uma celebração da liberdade e da resistência cultural, temas ainda muito presentes no Brasil e no mundo. Ao resgatar esse passado e conectar as culturas brasileira e angolana, a escola busca reconquistar seu espaço no Grupo Especial do Carnaval SP em 2026.
Foto Capa: Josy Dinorah
Marcando o início da madrugada de desfiles do Grupo de Acesso I, a Unidos de Vila Maria faz um alerta sobre os riscos da degradação ambiental e a urgência de ações sustentáveis para preservar o futuro do planeta.
O enredo “O Planeta Terra pede socorro. É tempo de renovar e preservar!”, foi desenvolvido pelo carnavalesco Eduardo Caetano, com base em um tema extremamente atual: as questões ambientais e o compromisso da humanidade com o meio ambiente.
Durante o desfile, o público presente assistiu um desfile que abordou a necessidade de renovar atitudes, reforçando a preservação e o respeito à natureza. sendo um enredo que dialoga diretamente com os desafios do nosso tempo e com a COP30, evento internacional que ocorrerá em Belém (PA), em novembro, reunindo líderes mundiais para discutir as mudanças climáticas.
Entenda o Enredo
A COP significa Conferência das Partes ou Conference of the Parties, em inglês. Anualmente, essa conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais, representantes da sociedade civil, e ativistas para discutir o combate às mudanças climáticas. Em 2025, acontece no Brasil, sendo um espaço importante para o diálogo e a cooperação entre os países e com o objetivo comum de conter o aumento da temperatura global para evitar efeitos de destruição do planeta.
Historicamente, a escola sempre traz para o Anhembi questões sociais, culturais e ambientais, e para o Carnaval 2025, o enredo reflete a responsabilidade da comunidade global para reverter os danos causados e preservar a Terra. Buscando trazer de volta a Unidos de Vila Maria para o grupo especial do carnaval paulistano.
Foto Capa: Josy Dinorah
A Independente Tricolor trouxe para a avenida a história das principais lutas do povo brasileiro e sua maior característica , a resiliência diante de adversidades que sofre diariamente. Durante o desfile, a comunidade ao som da sua bateria cantou os momentos cruciais de resistência ao longo da história, desde a Independência do Brasil até os movimentos atuais de luta por direitos.
Entenda o Enredo
A Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, marcou a separação do país de Portugal. Influenciada por tensões internas e ideias das Revoluções Francesa e Americana, a independência foi um processo gradual. Após a declaração no Rio Ipiranga, Dom Pedro I se tornou imperador, mas o Brasil enfrentou conflitos internos e não teve reconhecimento imediato internacional. A separação trouxe desafios, como a continuidade da escravidão e a manutenção da unidade nacional, problemas sociais que refletem até hoje na nossa sociedade.
O desfile da Independente trouxe para a avenida a exaltação ao povo para ilustrar como o Brasil, após mais de dois séculos de independência, ainda carrega gritos de resistência por liberdade e justiça social, unindo passado e presente em uma mensagem de resistência e liberdade. Com esse grito, a escola busca o título de campeã do Grupo de Acesso I pelo Carnaval SP 2025.
Foto Capa: Josy Dinorah
A Mocidade Unida da Mooca trouxe para o Carnaval de São Paulo um espetáculo carregado de ancestralidade e resistência. Desfilando pelo Grupo de Acesso I na noite deste domingo (02), a MUM emocionou o público ao homenagear o líder indígena Ailton Krenak com o enredo “Krenak – O Presente Ancestral”. Em um desfile vibrante, a agremiação mostrou que o futuro só pode ser construído com respeito ao passado, resgatando a luta dos povos originários e destacando a importância da preservação ambiental e cultural.
Com alas e alegorias repletas de referências à cosmovisão indígena, a MUM apostou em um visual imponente e fantasias que traduziam a conexão entre os saberes ancestrais e os desafios da atualidade. O canto forte da comunidade e o samba-enredo emocionante embalaram o segundo desfile da noite, reforçando o compromisso da escola em sempre dar voz àqueles que historicamente foram silenciados.
Entenda o Enredo
Ailton Krenak é um líder indígena, ativista, escritor e filósofo brasileiro. Defende os direitos indígenas e a preservação ambiental. Ficou conhecido por seu discurso na Constituinte de 1987, quando pintou o rosto com jenipapo em protesto contra a exclusão dos direitos indígenas na Constituição. Escreveu Ideias para adiar o fim do mundo e outros livros.
Ao trazer Ailton Krenak como fio condutor de sua narrativa, a Mocidade Unida da Mooca resgatou a importância da memória coletiva e da luta dos povos indígenas no Brasil. O homenageado esteve presente no Anhembi. O último carro, uma grande celebração, trouxe a esperança de um Brasil que reconhece e valoriza suas raízes
A MUM vem forte na luta pelo título e também reafirma o papel do Carnaval como palco de política social e cultural. Em um país que ainda luta para reconhecer a voz de seus povos originários, o desfile da agremiação foi um grito necessário por respeito, memória e transformação. Afinal, como ensina Ailton Krenak, não há futuro sem o passado – e o Carnaval, mais uma vez, cumpriu seu papel de contar a história que precisa ser lembrada.
Foto Capa: Josy Dinorah
Na noite de domingo (02), o desfile da Unidos de São Lucas foi marcado por emoção e representatividade, comemorando 44 anos de pura felicidade, a agremiação da Zona Leste levou ao público presente no Anhembi uma homenagem ao Ijexá, ritmo de matriz africana que atravessou séculos e influenciou a identidade musical brasileira.
Com um samba-enredo envolvente, interpretado por Tuca Maia e a estreia de Pepita como rainha de bateria, que em 2024 já havia desfilado como madrinha da Unidos de São Lucas, a agremiação escola reforçou sua força dentro do Grupo de Acesso I e sonha com uma vaga na elite do carnaval paulistano.
Entenda o Enredo
Refletido no espelho de Oxum, orixá das águas doces e da prosperidade, a Unidos de São Lucas recontou a trajetória do povo Ijexá, descendentes de Odudua, conhecidos por sua bravura e resistência. A escola iniciou seu desfile apresentando a história de Ijexalândia, um dos reinos iorubás da Nigéria, e a força de sua ancestralidade, transmitida através das gerações.
O ijexá também é conhecido como um dos ritmos mais importantes da cultura afro-brasileira, especialmente na Bahia. E na bateria ‘USL’, do Mestre Andrew Vinicius, se fez presente elementos de compasso e balanço do atabaque e do agogó.
A segunda parte da apresentação destacou o período em que o Brasil tentou apagar a cultura afro-brasileira por meio de leis que proibiam expressões religiosas e artísticas dos povos negros. Foi nesse contexto que o Afoxé surgiu como um ato de resistência, transformando as ruas em um palco de luta e celebração.
O último setor celebrou a influência do Ijexá na cultura brasileira, desde a Bahia até os quatro cantos do país. O ritmo que nasceu nos cultos afro-religiosos ultrapassou os muros dos terreiros, conquistando o mundo através da música popular e do carnaval.
Buscando o título do Acesso I e com um belo desfile, a Unidos de São Lucas entregou uma aula de história no Anhembi. Em um país que ainda lida com o racismo estrutural e a luta por igualdade, a agremiação reafirma o papel do Carnaval como espaço de voz e memória do povo preto e ancestral deste país.
Foto Capa: Divulgação Internet
Neste último domingo (01), um incêndio atingiu as alegorias da Escola de Samba Leandro de Itaquera e Unidos de São Miguel que desfilam pelo Grupo Especial da UESP, no carnaval 2025. Em nota, a UESP anunciou a mudança nos critérios de avaliação, devido incidente.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
“Um incêndio atingiu no início da tarde deste domingo (2/3), duas alegorias – uma da Leandro de Itaquera e outra da Unidos de Sao Miguel, agremiações do Grupo Especial de Bairros da UESP (União das Escolas de Samba Paulistanas), que estavam na Av. Eliseu de Almeida, no Butantã, para os desfiles que ocorrem neste domingo e segunda-feira.
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