O musicista Carlinhos do Cavaco, integrante da Velha Guarda da Vila Maria, fala sobre seu novo trabalho “Meu nome é Cavaco”. Na obra o músico mostra toda sua paixão pelo instrumento, e seus influenciadores musicais, além de sua paixão pela velha guarda da Escola.
Paulistano da gema, o sambista Carlinhos do Cavaco, nascido e criado no bairro de Vila Maria Alta (como é conhecido pelos moradores antigos do bairro), lançou seu terceiro álbum intitulado: “Meu nome é cavaco”, homenagem ao cavaquinho, fiel companheiro de apresentação e composição, a obra também homenageia alguns grandes mestres desse gênero , como por exemplo, na composição Zé Quietinho, o músico faz referência ao compositor Zé Kéti (1921-1999).
Em entrevista ao Site Sintonia de Bambas Carlinhos do Cavaco fala sobre a faixa Zé Quietinho – “ Criei esse Samba em homenagem ao compositor “Zé Kéti”, pois sempre admirei demais o seu trabalho, e quando criança, segundo sua biografia ele era chamado de Zé Quietinho por sua Mãe. Fiz uma homenagem!”
A canção Avante vamos cantar foi inspirada em Alvorada de Cartola (1908 – 1980); Carlos Cachaça (1902 – 1999) e Hermínio Bello de Carvalho. Já a música Rosa Rainha busca dialogar com o universo de Paulinho da Viola.
A Obra produzida pelo próprio Carlinhos, e com direção musical e arranjos do violinista Edmilson Capelupi, mantem-se fiel às raízes do samba. Neste trabalho encontramos características do chamado samba autêntico, sambas de terreiro, samba de partido-alto, cururu, exaltação, batucada, maxixe e gafieira, com letras que falam do dia-a-dia e de relacionamentos com o próprio samba.
A história do cantor e compositor não é recente. Seu primeiro álbum foi gravado em 1997 com o título: “Carlinhos do Cavaco. Mensagem de Bamba”. Seu segundo álbum, saiu do forno em 2003 e foi indicado ao Prêmio SHARP DE MÚSICA na categoria REVELAÇÃO, onde Carlinhos do Cavaco complementa – “A indicação foi muito importante, pois, projetou o trabalho um pouco mais para os meios de comunicação. É uma referência positiva, pois nos traz reconhecimento e valorização do nosso trabalho como sambista.”
Carlinhos faz parte da Velha Guarda da Vila Maria, e como morador do bairro conta como começou sua participação na Escola – “Como sempre morei na “Vila Maria Alta“, como era conhecida anteriormente, sempre acompanhei a Unidos de Vila Maria de longe, pois não frequentava a Quadra da Agremiação, mas torcia sempre pra escola ir bem no Carnaval. Mas há dois anos procurei o presidente da Velha Guarda, o Sr. Lúcio e expliquei que tinha vontade de desenvolver um trabalho de pesquisa sobre às músicas do passado da escola. Ele aprovou de cara a ideia, e logo me juntei ao pessoal. Fui abraçado por todos. Musicalmente estamos fazendo um grande trabalho, mas a liderança da Velha Guarda não é minha e nem tenho essa intenção, meu objetivo é só musical mesmo. Adoro estar junto deles!”– enfatiza o compositor.
A velha guarda da Unidos de Vila Maria possui grandes baluartes históricos já homenageados por ícones da música brasileira, como por exemplo, a cantora e compositora Leci Brandão na música ME PERDOA POETA, em parceria com saudoso Reinaldo – O Príncipe do Pagode, na qual faz citação ao baluarte Xangô da Vila Maria.
O Site Sintonia de Bambas perguntou a Carlinos se o fruto desta parceria é um resgate das composições desses poetas da escola _ “ Nas apresentações da VELHA GUARDA, damos total prioridade aos compositores que fizeram a construção dessa história maravilhosa da Unidos de Vila Maria, como o grande Xangô, Dito Caipira, Ataliba Luiz, Vovô, Jamaica, Toinho Melodia, Carlos de Jesus, que é o nosso diretor musical da Velha Guarda, entre outros. São muitas histórias e sempre estamos compondo sambas novos para a Velha Guarda também, pois temos que dar continuidade.”- finaliza Carlinhos.
Para acompanhar o trabalho:
Instagram: www.instagram.com/carlinhosdocavacooficial/
Facebook: www.facebook.com/CarlinhosCavaco/
Contato para Shows: +55 11 9 9763-1530 falar com Neide Salles
O carnaval carioca ainda é o cartão postal do samba no Brasil, a Marquês de Sapucaí traz na sua trajetória grandes escolas e sambistas que movimentam o mercado do turismo e da empregabilidade aos moradores da cidade. Desde 2018 sofre uma turbulenta crise, com escândalos políticos e a mistura de intolerância religiosa que afeta e muito o mundo do Carnaval.
